Foto: Vinicius Becker (Diário)
O saldo para o Executivo e sua base é negativo pelo grande desgaste sofrido com uma discussão protelada sobre a proposta da Reforma da Previdência e o projeto do empréstimo para pagar o 13º salário do funcionalismo municipal para depois a retirada das duas proposições da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Foi o que aconteceu com as duas matérias que o governo Rodrigo Decimo (PSD) enviou ao Legislativo e recuou pela pressão dos servidores, principalmente, que lotaram as galerias nas últimas sessões, e da oposição que, no embalo dos aplausos dos funcionários, desgastou o que pode o Executivo, ocupando todos os espaços possíveis na Tribuna.
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Agora, a prefeitura estudará alternativas para pagar salários e 13º, como disse o prefeito, na manhã de desta quinta-feira (4), à Rádio CDN, devido à crise financeira do município.
– Nós não teremos recursos suficientes deste mês de dezembro para honrar todos os compromissos previstos, que serão os nossos fornecedores, que é a folha de pagamento do 13º salário e a folha de pagamento de dezembro de 2025. Vamos ter que tomar algumas decisões. Isso é o que está sendo avaliado hoje pela Secretaria da Fazenda: o que nós vamos ter que atrasar alguns dias o pagamento para poder ir atendendo as necessidades – afirmou Decimo.
O chefe do Executivo pretende mexer no secretariado para o final ou início do próximo ano, mas também terá de pensar em um bom articulador para ser o porta-voz na Câmara e fazer o meio de campo com a base. Primeiro, porque para 2026, além da Reforma da Previdência, a prefeitura pretende enviar para o Legislativo a atualização da planta de valores do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), outra proposta impopular. E segundo: os últimos episódios e as derrotas consecutivas do governo na Casa do Povo impostas pela oposição muito no grito, que é minoria, também são reflexos da falta de articulação.